domingo, 30 de dezembro de 2007

Sobre meninos e meninas

*retirado do meio de uma conversa com o sexo oposto..

primeiro item:
"não tem como vc chegar e falar com um homem sobre maquiagem"

mas tem como falar com mulher sobre motor? tem, é só explicar para ela entender do assunto, porém quantas mulheres tu vê querendo ensinar sobre maquiagem para um homem? homens ensinam para incluir elas nos assuntos e poder conversar com elas sobre o que eles tem interesse, seja qual assunto for. no final, se algum homem arriscar insistir e tiver atitude de enfrentar entrar nesse circulo que elas tomam a sí próprias talvez ele consiga sim, alguém o ensine, eu aprendi a pintar cabelo, e já pintei, também aprendi sobre pontas duplas e outras coisas, mas tive que pedir e pedir mais, depois pedir mais um pouco, enquanto homens parecem ter prazer em dividir seus conhecimentos..

segundo item:
"vamos ao shopping comprar roupas"

homem definitivamente não tem muita paciência para isso, eu mesmo compro normalmente a mais próxima da porta por onde entrei e não gosto das que tem o caixa lá no fundo, mas como eu já bem sei, o escambo é a base de tudo, então conseguiria-se facilmente isto havendo um consenso, quer ir ao shoping com um homem comprar roupas, que tal ir a algum lugar que ele queira também? diga que irá depois para ele não ir onde quer e depois querer ir embora..

terceiro item:
"vamos assistir filmes romanticos pra chorar mesmo"

já chorei assistindo filmes (mas ninguém viu), porém se for do gosto da mulher e do homem não poderia ser encaixado no "eu gosto e tu não, como resolver?". missão simples, eu assisto o teu filme e tu o meu, okay? é claro que não precisa ser tão simples e fácil assim: eu assisto o teu filme e não lavo a louça, eu assisto o teu filme e escolho o sabor da pizza, eu assisto o teu filme e escolho onde vamos, eu assisto o teu filme e ..

quarto item:
"comer chocolate quando estamos deprimidas"

bom, ai vai de gosto e personalidade, não acredito muito em duas pessoas, ambas deprimidas ao mesmo tempo comendo chocolate seja tão fácil de acontecer, mas.. humanos humanos.. então vendo para o lado de quem julgo conhecer, eu como e gosto mesmo de comer biscoitos ou doces quando estou nervoso, aflito, ancioso ou em qualquer situação que aparente que nada que eu possa fazer irá apressar o resultado.. porém ver uma pessoa comendo chocolate desesperadamente por depressão vai acabar me levando a quere comer também.. ô aflição
acho que acabei.. algo a dizer?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Velhinha contrabandista

Li em algum lugar, sem saber que é o autor e sem me lembrar perfeitamente dos fatos.
Mas lá vai.

Ela vinha de calmamente com um lenço na cabeça em uma lambreta, era uma senhora de idade e trazia consigo umas trouxa atrás como bagagem. Estava passando pela ponte que nos interliga ao Paraguai e policiais de lá já são mais astutos com todos os tipos de peripécias que podem vir a planejarem para transportar todo tipo de mercadoria, mas ela apenas a transportava na traseira da lambreta.
O policial lá foi a parar, se fosse um acontecido de apenas uma vez talvez não o fizesse, mas tinha se repetido por alguns dias.
_O que a senhora está trazendo ai na sacola?
_É só areia seu guarda.
_Areia? Areia nada, abre isso ai que eu quero ver.
_Mas é só areia seu guarda.
E sem acreditar abriu a sacola e com seus próprios olhos areia ele viu.
Sem alternativa a senhora ele teve que deixar passar, mas ainda desconfiado ao ver no próximo dia ela voltar pelo mesmo caminho do mesmo modo com a sacola nas costas ele logo foi parando ela.
_Hoje também trás areia minha senhora?
_Pois não é que acertou seu guarda! Só areia...
_Mas eu não caiu novamente nessa não, então abre logo essa sacola que eu quero ver o que tem ai.
Ela assim o fez e ele novamente o mesmo viu.
Tomado por cólera e imensa curiosidade ele fez o mesmo dia após dia encontrando nada menos, nada mais, apenas areia. Chegou a simular hipóteses como o fato de alguém a avisá-la de sua presença ali e então substituir a carga, talvez alternasse os dias do contrabando, entre outras idéias. Mas o mês foi passando e nada de conceguir descobrir qual era o esquema que ela empregava.
Recorreu a um outro modo de abordagem e entregou os pontos. Em diálogo com ela disse:
_Tudo bem minha senhora, eu desisto. A senhora vai poder passar todo os dias por aqui como tem feito, não vou tentar te parar mais, não conto para ninguém, não vou reportar aos meus superiores e muito menos aprender a mercadoria, mas a senhora vai ter que me explicar agora o que está trazendo todos estes dias! Que eu tenho certeza que não é areia.
_O senhô prometi que não espaia?
_Sim sim.
_É a lambreta.

Manifesto solista

O mundo é hipócrita. Vivemos no mundo dos covardes. As pessoas ainda fazem tudo por dinheiro. Dinheiro é objeto e não compra nada que seja eterno.

Pra terminá o anu bem!

Queria enganar o meu coração

Queria enganar o meu coração.
Entre lembranças e imagens
Que insistem em repetir.
Entre encontros e desencontros
Que deixaram de existir.

Queria enganar o meu coração.
Esquecer o seu nome na agenda
E excluí-la da lista de amigos.
Esquecer essa lenda
Que foi construída comigo.

Queria enganar o meu coração
Para não ter como falar contigo.
Destruir o que se tornou um forte abrigo.
Embora saiba que todo o sentimento
Ainda sobrevive comigo.

Já não sou parte dele
E ele faz parte de mim.
Já não és parte minha
E eu faço parte de você.

Já não é verdade
O que não começou.
E muito menos, mentira
O que nunca se realizou.

Tudo.
Tudo já não é nada.
Nada poderia ser tudo...
Se você quisesse ser a minha amada.

Enfim, o que sobra é saudade.
Coisas da vida
Que me afastou da felicidade.

Sou mais que isso.
A força do sorriso
Que me foi dado em certas manhãs.
Queria ter enganado o meu coração.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Perfeição

Por que um equilíbrio não pode ser mais perfeito que algo pesando apenas para um lado? Defeitos são defeitos a certos olhos, e usados como qualidade por outro, com isso julgar defeitos seriam apenas o teu ponto de vista ou mesmo de uma "maioria"..

Que tal uma perfeição por equilíbrio, onde isto se alcançasse unindo "qualidades" e "defeitos" formando um equilíbrio em que nada desagrade, em que um complete o outro, em que o vazio seja preenchido.

Então chegaria a uma pessoa normal, vista com toda perfeição, por quem se agradasse pela sua combinação "perfeita".

Tédio

Nova frase, mas é sempre o mesmo texto, fico sentando, ouvindo, esperando outra vez o vento soprar e espalhar tudo. A frase continua, o texto se faz ouvir, quer ser coeso mesmo querendo uma verdade sem fatos. Vou anexar tudo em um guardanapo e enfiar em uma gaveta qualquer.

Venham logo abreviar minha vida!

E assim sereiando vou


Posso morrer fedendo em uma pequeno espaço só meu por alguns dias no chão de um hospital qualquer, quem sabe talvez uma bala perdida passando pela janela ou mesmo andando pela rua, dentro de uma escola. Posso morrer em casa esperando que meus remédios sejam incluídos na listas da Farmácia do Povo ou que o SUS os ofereça gratuitamente ou esperando enquando vejo minha vida escorrer na fila de transplantes de órgãos.

Claro que também existem outras maneiras, ricos também morrem, pessoas cobiçam seu status, poder, dinheiro, bens e mordomias mais. Então posso morrer adolescente a 350 por hora num carrinho presente de 18 anos, mas ricos não costumam morrer com freqüência entre os 25 e os 45, mas também posso morrer depois se um tiro de fuzil passar pela blindagem da minha limousine.

Posso morrer de sentado na minha varanda tentando lembrar de tudo que quis fazer durante toda minha vida.
Posso morrer sentado na minha varanda lembrando um pouco de cada um dos vários sonhos que realizei na minha vida.

Materialista ou não, não escolhemos como entrar mas vamos sempre escolher como sair daqui. Morreremos com quais palavras na boca que quiseram ser ditas e para sempre ditas..?

Conhecer o céu e o inferno ou apenas esperar algum dos lados errar um tiro que irá parar em minha testa.

Amém

sábado, 22 de dezembro de 2007

Ter coração

Ter coração não é pra qualquer um.
É viver com emoção
e não traçar caminho nenhum.

É ouvir os sentimentos
com o olhar na razão.
Aceitando o sofrimento
que vem sem explicação.

Ter coração é ser diferente.
É construir a realidade da ilusão
que acalma a gente.

É perder-se em palavras não ditas
quando deveriam ser ouvidas.
Aceitando o calor da vida
que se esvae em poucas medidas.

Ter coração é amar.
É se esforçar para ser o que somos
e controlar o que nunca fomos.

Obs.: Já que ninguém mais escreve aqui..chegou a minha vez de novo..hehe

domingo, 9 de dezembro de 2007

Uma poesia antiga..

Tô postando uma poesia antiga pro pessoal ver como escrevia...Tô voltando a escrever poesia aos poucos..inspiração voltando e conversa com amigos ajudando..Enfim...tudo finalmente se ajustando..um abraço a todos.

Dinheiro

Invento amaldiçoado
que veio aparecer.
Muito desejado,
que se faz enriquecer.

Fabrica sonhos e emoções.
Sendo capaz
de manipular corações.

Sua cor, sempre, amada
devia trazer esperança.
Esverdeada,
só traz ganância.

Dinheiro: antônimo de tranqüilidade,
amigo da corrupção;
Inimigo da verdade
e sinônimo de ambição.

(ano-2002)


Obs.: Tem uma mais suave em meu blog..rs

sábado, 8 de dezembro de 2007

Mais do nosso amor!

Todos nós somos patriotas, gostamos de nosso país e em nossa presença todos sabem que não devem falar mal dele. Tudo bem que ele não anda tão bem assim e que o Haiti é o único país da america latina com menor crescimento, isso porque está em caos total, mas ainda sim é um excelente país.
Não gostamos de pagar caro, e absurdos, por itens simples como nosso acesso às artes. Como pagar R$20 por um CD se podemos pagar R$2,5o em um camelô qualquer? Tudo bem que o CD original patrocina o cantor, paga imposto que o encarece, tem custos com propaganda, distribuição, paga parte do salário do artista e também de todas as pessoas que trabalham para que o projeto seja concluído além de todo material necessário para tal. Lembrando também que para cada CD pirata que tem apenas o custo de lucro para um ou poucos indivíduos, os originais tem que arcar com um empresário que investiu seu dinheiro para realizar tudo isto, e todos sabemos que empregos registrados são mais caros por pagarem impostos.
Se eu não me importo de pagar impostos e penso primeiramente no meu pseudolucro rápido, como posso cobrar que meus governantes não façam o mesmo?
_____________________________________________________

Diga não aos CDs piratas, e também não comprem os originais, danem-se todos. Use torrents! Se não conhece ainda são programas como os compartilhadores, em que podemos enviar nossos arquivos conseguidos de forma legal ou não e procurar outros para adquirirmos gratuitamente. Ainda mais barato que a pirataria, esses são os propulsores da tecnologia P2P!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

joguinhos q não gostu

É..vô usá essa linguage ridícula mesmo para tratar di um assunto mais ridículu. E, por issu, uso o meu nomi de Solo Kestera. O meu amigu, que teve a idéia de criá esse blogue, sabe do que estou falandu.
Vô direto ao pontu. Pq as pessoas insistem em apresentá uma às outras e quando un cara chega na mina, as amigas dela afastam o sujeito? Joguinhos de amor estão cada vez mais comuns hoje em dia. Q coisa infantil! Se yo me gusta de alguém, vou a essa pessoa e digo. Prontu! Mas não...todo mundo acha isso mais banal do que a velha história de que "a minha amiga gosta dele, então ele é legal!". Pô..as minas não se tocam de que quem tem q gostá mesmo do cara são elas. Depois reclamam..Vc não era assim! Era sim mina, vc q se iludiu porque o joguinho foi armado. Por issu escrevo assim. Esses joguinhos me irritam e já fiquei sozinho certa vez por não agradar a melhor amiga dela. Tomei de 5 X 0 da fofoca.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Negligência


Todos sabem de sofismo? Todos o usam? Eu vejo como é fácil impressionar alguém com habilidade nesta arte. Minha mãe me criou com ensinos diários deste material bélico e depois de algum tempo, descobri que a palavra que costuma tomar forma de nome a este modo de juntar ilusões era para ela desconhecida.
Já está claro para mim que todos precisam de ilusões, mas para serem fortes vão precisar também de alicerces que as sustentem, para que estas não se abalem por forças superiores. Por final, há também de saber lidar com si próprio para que não caia em contradição. Ao meu ver, terão uma vida plena àqueles que conseguirem se dissimular da realidade, acreditando que aquilo que lhes fazem bem é o correto. A ignorância sempre será um dom, uma dádiva. Tem certeza que será inteligente em perdê-la?

Spams e pops

Tem mesmo de tudo neste por aqui, acabei de ver um celular com orelhas de fósforos, e não estavam apagados. Site de garotas, muito espertas aliás, vendendo camisetas a $28 em sites traduzidos para outras línguas, claro que sem adicionar o frete.
A propaganda e os sites de spams ainda não são a maioria ou estão no ponto de incomodar mas não é difícil de encontrar, porém o que mais me da medo são os blogs com templates próprios. Eles colocam novos HTML (códigos que fazem as páginas da web) e mudam a estrutura e a forma como tudo ficaria alinhado de forma padrão no blog por aqueles templates já prontos e colocados a disposição do Blogger.
Mas isso não é tão ruim, fico mesmo impressionado, e não me impressiono fácil, com algumas imagens que são expostas. A conduta masculina não é nenhum tabu e já foi exposta de diversas maneiras a séculos, mas parece que há quem nunca aprenda.


Para sua sorte eu sou guerreiro e não posso descansar enquanto almas mal intencionadas proliferam estas singularidades.
Ninguém nunca ouviu falar que é proibido ir ao banheiro público como o mostrado na foto sem o espaço devido de no mínimo um para separar?
Essa imagem não revela bons fluidos, isso faz mal a toda decência e deve ser resultado da MTV!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Eu sei quando parei

Saciado de Marisa Monte Raul Seixas, quero banho gelado.

Por falta de conteúdo, mais do mesmo. Eu! =D

Lembro de quando era criança e tinha tantos brinquedos quanto camisetas. Sempre, em minha infância. Morei ao lado de dois primos meus, um cinco anos mais velho e outro seis anos mais novo. Como não tinha mais crianças na rua e o laço familiar ainda empurrava então éramos amigos. Meu primo mais velho já não brincava dos mesmo modos que eu, lembro vagamente de quando ele ainda brincava de usar a imaginação. O mais novo era, e é, muito influenciável e isso me fazia conseguir viver pacificamente.
Ele tinha tanto brinquedos quanto eu tinha vontade, mas tinha tantos amigos por perto quanto eu brinquedos. Isso foi dando certo por um tempo.
Em alguma ocasião em que algo me inquietava e não sentia vontade de gastar meu tempo com ele ouvi de sua mãe: _Mas você sempre gostou de brincar com os brinquedos dele[...].
Tudo bem que ela tinha razão, mas esse foi o problema, ela tinha razão.

O ANTI-ÉDIPO; DE DELEUZE E GUATTARI


o Anti-Édipo seja uma continuação daquilo que em "Diferença e Repetição" Deleuze já se contrapunha: a representação. Claro que em DF se direcionava mais à filosofia da representação. No Anti-Édipo percebe-se num primeiro momento a crítica à representação na psicanálise ou, dito de modo mais preciso, ao Édipo, seja enquanto complexo (Freud), seja enquanto estrutura (Lacan). É que a psicanálise, no entender de Deleuze e Guattari, teria desfigurado aquilo que seria própria do inconsciente: a produção. Ou seja, para a psicanálise, em vez de teorizar por um inconsciente que produz, teríamos um inconsciente que representa. E pq teria ocorrido tal desfiguração? Pq Freud assim como os seguidores de Lacan relacionaram o desejo à idéia de falta. Para Deleuze e Guattari, nada falta ao desejo. E pq? Pq estamos desde sempre em relação, compondo sempre novos modos de se relacionar ou agenciar. Estamos sempre afetados por todo tipo de forças (um vento, o som de um objeto que cai, a voz de alguém, alguma coisa que alguém diz, algo que vimos, algum evento de ordem política-histórica..enfim, uma infinidade de coisas), e não paramos de ser afetados. Desse modo, o desejo sempre está conectado, produzindo e sendo produzindo. A psicanálise, ao por a causa do desejo na falta, desconhece completamente a produção desejante. Se se vincular a falta no desejo, restitui-se um sujeito (mesmo que inconsciente). Nesse caso, alguém só deseja pq carece de um objeto perdido. Restituímos a velha dicotomia sujeito-objeto. Freud, segundo os autores, pensa o inconsciente como uma tentativa de resolução (mas insolúvel) de uma trama familiar. Freud, desse modo, faz o desejo envergonhar-se de si (por causa do incesto) e desse modo aprisiona o inconsciente em querelas de um romance familiar, tendo como consequência o desconhecimento completo de que o desejo investe e é investido primeiramente por forças históricas-políticas.

Materializações intangíveis

Os anos se passaram e descobri que podemos perder muito tempo com as pessoas inseguras de nossa sociedade. Isso, então, fez-me entender uma máxima antiga de Sartre: - O inferno são os Outros!
Essas pessoas transferem os seus medos, as suas raivas para os nossos corações e deixam conosco um peso que não devemos carregar.
No entanto, a nossa complacência para com elas não nos ajuda a exergar que só a vida pode auxiliá-las a entender outra velha máxima de que "amar a si mesmo" é amar ao Outro.
Daí erramos ao absorver tais defeitos alheios, porque nascemos como "leões" diante de nós mesmos. Entendi um pouco tal fato por ter coragem de enfrentar os obstáculos da vida.
Assim, encontrei todo o tipo de pessoas que se escondiam por detrás de máscaras sociais. Essas não estavam prontas para viver em torno de algo impossível de se definir: O eu.
Os grandes escritores ou as grandes personalidades eram seguros de sua "existência". Isso faz um humano ter consciência de seu papel "inconsciente" no inaudito espetáculo da vivência.
Falei para um amigo, certa vez, que deprezo qualquer tipo de ismo. Pois, do socialismo ao feminismo, vi pessoas se perderem em si mesmas.
E, quando me perguntam o que sou, digo: - Sou o Rômulo. Postura que assusta a todos que esperam uma resposta a mais.
Não. Não acredito que alguém possa ser conhecido por seu ofício ou por outras qualificações. Somos muito mais do que os nossos olhos possam ver.
Pois ter personalidade requer assumir o compromisso com os nossos atos nesse grande Universo em que vivemos. O que nos confere o status de pessoas.
Seres humanos com as suas virtudes ou vícios, mas que respeitam as diferenças daqueles com quem convivem. E, infelizmente, são poucos os que têm segurança sobre isso.
Então, somam-se os problemas, os preconceitos e a "indiferença" social. Ou seja, alguns acreditam conhecer o próximo por conjecturas sociais.
Quando, na verdade, deve-se adotar uma postura que se fundamente em experiências próprias de convívio. O que reforça a obliteração do referente de que fala uma poesia de um amigo.
Por isso, luto para que as pessoas saibam compreender o que as palavras nunca irão dizer. Os sentimentos são caminhos árduos que levam às portas do ser. Afinal, compreendi que devemos destruir os limites humanos para alcançar a própria alma, sem precisarmos nos segurar em materializações intangíveis.

domingo, 2 de dezembro de 2007

11 anos na Espanha

Durnte a terceira parte do meu retorno ao ninho hospitaleiro tive uma longa conversa com uma professora de espanhol no percurso São Paulo - Londrina, onde pude ficar pertubando ela sem nenhum receio, ela não tinha mesmo para onde correr.
Quando os passageiros estavam todos em seus lugares e o motorista já dava sinal de que iria partir eu ainda estava sem ninguém ao lado, então ela chegou. Estava alegre por já ter chegado tão longe que queria ficar falando com alguém.
Ela passou 11 anos no total de duas viagens no sul da Espanha, justamente quando engravidou e teve seu filho estava aqui no Brasil em um período entre as viagens.
Aqui professora e mulher de um médico mora em Londrina mas tem família em São Paulo. Estava lá por motivos religiosos, missão da igreja, ajudar os desviados a voltarem para os templos católicos.
Logo me interessei em perguntar várias diferenças entre lá e cá, desde carros, músicas até gastronomia e veículos. Sobre o foco dela lá e o que ela viu eu me interessei mais ainda, os pobres de lá são todos imigrantes, pobre que é de várias gerações espanhol ganha muito bem obrigado.
Esquecendo detalhes como o fato de por lá eles incentivarem a população a substituir carros usados por novos os comprando por bons preços e ainda ser possível ver pastores andando com ovelhas pelas ruas das cidade vamos nos concentrar nos pobres imigrantes.
Sou negro filho de descendentes de africanos com descendentes de portugueses e estes vieram se instalar nesse país a menos de quatro gerações então não posso me considerar tão nativo quanto os espanhóis que são espanhóis a trezentas gerações. Mas 99,8% desta população de patricios é composta por imigrantes de outros países de todos os cantos deste mundo sem longas raízes neste solo mas que já o adotaram como pátria durante pelo menos dois meses a cada quatro anos.
Olhando todos os fatos até aqui eu conclui que somos imigrantes pobres e sem ter para onde retornar, o caso dos Estados Unidos onde os imigrantes levantaram o país com sua mão de obra barata e da Europa Ocidental onde eles formam os guetos como os várias já expostos pela mídia na França. Somos aquelas pessoas sem condições de viver apenas sobrevivendo na esperança alimentada pelos poucos que conseguiram se destacar e ter uma vida digna, até lá vamos continuar sobrevivendo.
A todos compatriotas, que como eu, imigrantes sem direito a todos os benefícios estabelecidos pela constituição vigente, nem mesmo aqueles que descrevem a função do novos faz-me-rir salário mínimo, venho lembrá-los de que se não voltamos para onde viémos, tão ruim não está.
Para aqueles que nem ao menos sabem para onde voltar, se aventurem por países mais amigos, na mercosul onde podemos encontrar salários minimos de menos de $50 ou no outro continente a direita onde levam o ano todo para juntar isso se não gastarem nada.

Estampa colorida e cobertor de cavalos

Sou tedioso quando insisto em me ver sem aprendizado no que foge a o que não fazer.
Sempre crente tantos erros, via sempre eles como importância e singularidade de meus conhecimentos, ou seja, os focavas mais que devia.
Aprendi que quem chega em casa cansado, mesmo suado e/ou sem forças, gostaria de um abraço.
Constatei que acordar de madrugada com um telefonema preocupado faz dormir melhor.
Reparei pertubações podem ser gostosas e fazem falta.
Entendi que dores sabem conciliar prazeres.
Observei que podemos cobrar caro para fazer o que ninguém mais faz.
Aprendi a fazer bem e agora vou cobrar por isso.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

alice sem coelho, sofia sem alberto, ofélia sem fauno e amelie sem nino

O clichê está em dizer “nossa, O Labirinto do Fauno é um conto de fadas”. Sim, é. Entretanto não quero me ater ao óbvio! De óbvio já basta minha cara de choro e pedindo bis quando o filme terminou. O filme deve muito a mente fabulosa de Guillermo Del Toro. Que o cara é fera, todos sabemos. Basta lembrar do HellBoy que ficou fiel ao HQ. De todo certo não quero creditar apenas Del Toro, afinal a equipe do filme é muito boa.

Não estou falando desse filme em vão, mas sim porque ontem assisti O Fabuloso Destino de Amelie Poulain (com essa já são 463 mil vezes de reprise). Rá. E esses são os meus dois filmes favoritos. E percebo semelhanças gritantes entre os filmes e dos filmes comigo, obviamente.

Ofélia e Amelie têm um pouco das duas e muito de mim. Aqueles cabelos curtos (em ambas) remetem a minha infância de cabelo chanel e imaginação fértil. Ofélia não tem pai, mas tem mãe. Embora essa a reprima (involuntariamente) em detrimento do padrasto autoritário (e rico). Vendo-se coagida pelo destino à imaginação da menina ganha asas. Não ousaria dizer que são apenas devaneios. Afinal, a realidade não é aquilo que se toca ou vê, mas sim o que se sente. E Ofélia sente. Sente muito. Em todos os sentidos de sentir.

Já Amelie não teve contato com outras crianças em sua infância. (Se repararmos, aquela cara popular dela – de desconforto – vem disso: ela ainda não sabe como se relacionar com os outros) Mas aí ela começa a trabalhar em um café e tem de se relacionar, querendo ou não. É destino mesmo. Quando ela acha a caixa e quer devolver ao dono o locutor diz: - Ela resolveu devolver a caixa. Se o dono se emocionasse ela passaria a resolver a vida das pessoas. Se não, ela deixaria pra lá. Ou seja, ela deu sorte de ele se emocionar. E nessa busca pelo dono ela passou a conversar com os vizinhos, os quais nunca tinha visto. Amelie ama Nino. Amelie quer Nino porque é seu primeiro contato com alguém. Nino quer Amelie porque todos seus contatos com alguém foram frustrados. Aquela cena do beijo no canto da boca, no pescoço e no olho (e que eu choro muito) é clássica: eles estão se reconhecendo. Conheceram-se através daquele jogo de gato e rato e ali estão se reconhecendo.

A semiótica dos filmes me encanta. A partir disso eu vejo até o que o diretor não colocou ali. Isso é bom. Conceitual. Ou seja, a melhor semiótica é aquelas que olhos conseguem ver. E a melhor Amelie ou Ofélia é aquela que eu posso ser.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A REALIDADE QUE ELIMINA O REFERENTE

A palavra que reencontra outra palavra
E forma uma representação
Uma representação visual
Gerando uma compreensão além do real

A imagem dissuasiva e subliminar
Que encanta, promete e ilude
É a imagem especular
Onde o individuo vai se consumar

Nessa profusão da palavra que se torna imagem
A sociedade vai caminhando
Consumindo e se esgotando
Pela materialidade imagética freqüente

As imagens que mitificam o mundo
Causando a decadência do presente
Pela ascensão dos simulacrosQue eliminam o referente

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Lux luxo

Hoje, lembrei da minha adolescência no colégio público perto de minha casa. Sim, apesar de não precisar, a família Kestera quis que o seu filho entendêsse o mundo simples e verdadeiro da vida. Meu pai dizia que não seria numa instituição paga em que encontraria os valores "corretos" da vida. E que lá as aparências não valeriam mais do que o ser. Queria, no entanto, que ele conhecêsse a Livia.
A Livia era uma das garotas mais desejadas do colégio. Era linda, educada e era modelo da Elite, uma das agências de moda mais conhecidas do Rio de Janeiro. Todos viviam falando naquela garota que queria ser médica.
Já o playboy aqui não era nem terça parte do conquistador de hoje. A minha timidez dava muita pena. Ainda pensava nos conceitos que o velho tinha passado pra mim. "Filho, os seus novos colegas irão lhe ensinar que o dinheiro não compra nada, além de imagem, dizia ele com um olhar sério.
E lá estava eu. Certo dia, encontrei uma reportagem no "extra" com a foto de Livia e aquela enaltecia os dotes da moça como uma modelo de futuro promissor.
Recortei aquilo e comecei a conversar com ela em sala. Foi um momento mágico. Aqueles olhos verdes mostravam interesse no que o jovem Solo, o mais feio e tímido do segundo ano, dizia.
Era o "cara". Os dias, então, não eram mais os mesmos. Uma gostosa "de parar o trânsito" me dando mole? Naquela época era impossível, mas algo acabou de vez com a minha felicidade.
Outro dia, um colega meu falou que eu era devagar e que deveria ter "pego" a Livia. Foi a primeira vez que ouvi aquela expressão comum em nossos dias.
Chegeui a falar pra ele: "Tá louco, você não respeita a moça?" Daí, ele esperou o meu sermão para falar com grande ironia:
_ A Livia? É o maior sabonete do Colégio!
Enquanto ele ria, tentava fingir que não entendia a expressão. O meu mundo ruiu e estava apaixonado por um "lux luxo" de marca maior. Isso, então, se agravou quando este mesmo cara me falou sobre a sua paquera com ela.
Fui desolado para casa e comecei a entender o que o velho tinha dito. As aparências nos enganam, mas precisamos ter personalidade para que os enganos diminuam cada vez mais.
Confirmei isso neste ano mesmo, quando encontrei a Livia no Shopping. Ela nem lembrava o meu nome. E pensar que ela ficava horas conversando comigo e me mandando indiretas. O Solo era apenas mais um. Isso assusta demais. Os relacionamentos virarem jogos em que há vencedores e perdedores. Ninguém mais pensa em conhecer o outro e ouvir um pouco mais. Sentimentos só nascem por respeito mútuo e convívio. Não a partir dessa competição louca que privilegia o ter em vez do ser.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Nosso blog

Pela primeira vez, começo a escrever nesse blog. O antigo já não cabia em mim e precisava compartilhar as minhas reflexões (muito pessoais) com outras pessoas mais lúcidas do que eu. Sim, porque não há ninguém mais louco do que eu. Descobri isso quando comecei a esquecer um pouco do meu português durante o período de alemão..
Também não tenho mais paciência de guardar as palavras comigo. A vida se constrói através da individuação obtida no convívio social. Frase bonita né? Mas pensei nela agora. E esse é um outro objetivo desse espaço.
Quero que todos soltem a sua imaginação, mesmo sabendo que as regras gramaticais são as imperativas numa sociedade que absolve qualquer canalha que consiga dominá-las bem. E o amor (como diriam as torcidas organizadas) acabou! Isso é artigo de luxo pra poucos. Embora ainda existam muitos profissionais preocupados com o poder que a palavra pode gerar.
As poesias, os contos, os romances só são belos quando o escritor consegue escrevê-los com entusiasmo. E isso que dizer que o material mais valioso, ainda que muitos possam discordar, é o manuscrito. Aquilo que surgiu das mãos do autor em um momento em que ele nem esperava. Ou seja, a vida. Claro que depois tudo se ajeita, mas aí é outra história. Enfim, não me sinto capaz agora de continuar..até porque estou voltando a escrever aos poucos. Vida longa ao nosso blog.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Solo..parte 1...monológo em Ingrixi

I stay here. My mind say me: Go out, go out! I can write about Brazil. This land is my dream. And my english doesn't help me. But we speak portuguese in Brazil, no? You will ask me. É mio tentá o protugês memo.