Escrevi esse texto durante o carnaval..é mole? Foi para o pessoal do Escola aberta. Em breve, o grupo irá divulgar esse assunto..
Bulling: Mexer é sensibilizar o Outro
Você sabe o que é Bulling? Eu também não. Mas isso não me dá o direito de mexer com o Outro como bem quiser. E é dessa forma que comecei a entender esse assunto após ler alguns artigos na net e lembrar de um conto, que li certa vez, de Rubem Fonseca.1 Assim, devemos “bulir” no seu pensamento para entendermos um pouco dessa questão.
Por isso, comecei esse texto da mesma forma em que todos começam e terminá-lo de outra forma só depende de mim, não? Também tenho a certeza de que não. Não posso ignorar você que me lê ansioso para saber o desfecho.
Você é o “Outro” do conto de Rubem Fonseca. Estranho a mim. Mas você não teria o mesmo fim dele. Quero mexer de forma positiva com aquele que, no contexto ou situação apresentados, é diferente de mim.
E isso não costuma acontecer assim na maioria dos casos do bulling. Todos os “bulinadores” usam da diferença como algo negativo para depreciar o Outro. Aquele que todos rejeitam por não fazer parte do grupo. Em outras palavras, aquele que não é igual.
Usei a palavra “bulir” para amenizar a gravidade desse assunto que envolve pessoas que ficaram traumatizadas por uma vida inteira.2
Fui ao dicionário de inglês/português e comparei ao termo encontrado no dicionário brasileiro.3 Aí percebi que a nossa tradução não expõe a realidade do problema e está longe de “mexer” com a sensibilidade do Outro.
Pronto! Viu como mexi tanto no texto até encontrar o meu jeito de falar sobre o assunto? É...mas isso não aconteceu de um ato solitário.
Penso em você que me lê e em tudo que li. O que mostra a importância desse Outro, que ainda não conheço, mas com quem preciso dialogar. Afinal, a vida é assim. Os homens sempre mexem com o desconhecido. No entanto, precisamos ser sensíveis nesse momento para não ferir de forma drástica aquele que faz parte de nós.
E através do diálogo, dos debates e das construções de textos, vamos mexendo com as nossas experiências de vida e compartilhando com o Outro sentimentos, que poderiam ser destruídos antes de nascerem. Imaginem, então, como construriam esse texto sem todas as contribuições que recebi. Mexi e fui sensibilizado pelo Outro. Isso não deixa de ser um “bulling”.
2 comentários:
rômulo, bulling não é também qualquer tipo de agressºao moral ou física causada ao outro interrogação..é pq ese tc tadando pau
eu escrevi sobre esse assunto em meu livro pós modernidade hoje
Sim..também. Mas talvez o texto não tenha conseguido expressar tudo sobre o Bullyng, porque o objetivo dele é falar sobre o tema de forma introdutória.
um abraço
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