sábado, 15 de março de 2008

Pequenos cachos teus

Estou sentado aqui
imaginando cachos
sabia que gosto de cachos?

E como gosto..
chego até a gostar do teu doce
do doce que faz
não sei se gosto da tua moleza

ruim não é

Continuo aqui imaginando cachos
continuo aqui pensando em você
mas, ainda bem que
não sinto saudades
só fico aqui pensando em cachos teus

terça-feira, 11 de março de 2008

A ilusão da Vida

Parei no sofá de minha sala para escrever. Aqui, o tic-tac do relógio ao fundo tenta disfarçar a ilusão da vida. Essa que se expressa pelo tempo interior e que nos choca por sua veracidade. Nele, as pessoas aparecem em molduras obsoletas que representam as mais marcantes lembranças: A primeira amizade, a primeira descoberta e o primeiro amor.
Quase sempre, resumimos o que somos nesse trio sincero. E o tempo se constrói de dentro pra fora numa tentativa de apagar o que a realidade quer nos dizer.
Por nossas emoções solidificamos as imagens que impulsionam as nossas vidas. Um caminho não menos ilusório do que acreditar naquele amor mencionado há pouco.
E quando já nascemos, entretanto, de dentro pra fora? Tento uma resposta para essa pergunta ainda pouco discutida por aí.
Porque discutir com o Outro é fácil demais e não, uma postura de si mesmo. Amamos àquilo que nos move com uma força maior do que o amor a si mesmo.
Daí entendo o quanto o ser humano se apega ao tempo subjetivo. Esse senhor dos sonhos que nos remete a uma realidade apenas nossa.
E a vida segue-o sem discutir. Não acredito que as pessoas racionais o desprezem totalmente. Pois estou falando do tempo de maturação pessoal de cada um.
Surpreendi-me, então, com esse processo tão objetivo que pode nos iludir por anos. Ainda que sonhar seja o único ato gratuito em nossos dias.
O que me fez descobrir um método usado pelos céticos para esquecê-lo. Vejo todos apagarem o próprio coração numa tentativa frustrada de domar os sentimentos.
Um colega me disse que podia guardá-los e usá-los quando quisesse. Quanta ilusão! E ele falava com um entusiasmo de quem havia conseguido.
Mas bastava discordar dele para ouvir ímpetos daquele orguho que se sentia magoado. Isso sempre me chamou a atenção.
Afinal, esbarrei com muitos orgulhosos em minha vida e entendi que eu era também, embora o tempo interior tenha me ensinado a ser mais humilde comigo mesmo.
Esse texto é uma prova disso. Escrevo-o olhando o relógio e tentando lembrar o porquê de tantas "desilusões" com a vida.
Chego a pensar no tempo em que poderia tê-las evitado com algumas pessoas. Pois tudo acontece sem que possamos perceber o quanto caminhamos na vida.
Fato que remonta à idéia de que esse tempo não pára e de que devemos selecionar quem irá fazer parte dessa construção temporal do nosso ser.
Vivemos , portanto, em um mundo que não nos possibilita amar a si mesmos, mesmo que essa afirmação nos pareaça absurda.
Somos cultuados pelo Outro que nos cobra o que ele pensa que somos em Sociedade. Com pré-conceitos coletivos que regem o tempo de fora para dentro: o tempo objetivo.
Esse costuma se chocar com o subjetivo e promover uma tempestade em nossa mente, que se transformará , talvez, em um texto. No tempo em que o ser já sabe o que a vida lhe reserva: Ou seja, entendemos o fato de que nos iludimos para alcançar a própria realidade de nossa vivência.

Histórias (Comédia de vidas públicas que são umas privadas!)

Esses escritos são inspirados em fatos reais e em uma outra história que vi no blog de uma outra pessoa. Achei interessante o que vi lá, mas o meu objetivo é mostrar que histórias estranhas também acontecem com os homens. Isso porque não sou a favor dessa mania de guerrinhas sexistas, onde somos vistos sempre como os canalhas.
Caso 1:
Célio X Magda:
Célio ficou há duas semanas sem falar com Magda e queria falar com ela para saber como a moça estava. Afinal, eles sempre brigavam e não conseguiam conversar de forma pacífica, pois tinham uma conturbada relação de amizade. Então, ele liga:
- Alô, Magda. Tudo bem com vc?
E ela:
- Ainda com a perseguição?
Célio:
- Que Perseguição? Perseguindo o quê? Isso é estranho.
E ela:
- Estranho mesmo. Boa tarde!
Célio:
- Boa tarde.
Caso 2:
Rui x Marta
Rui:
- Te trato bem, te dou carinho e te respeito. Talvez vocês só gostem de homens canalhas!
Marta:
- É..pode ser.
Caso 3:
Paulo e suas Amigas:
Uma de suas amigas havia feito um intercâmbio para os Estados Unidos e veio contar às outras uma novidade e a contou mesmo na presença de Paulo:
Amiga 1:
- Foi legal lá?
Moça do intercâmbio:
- Sim, muito bom.
Amiga 2:
- E aí ficou com o americano? Como eles são?
Moça do intercâmbio:
-Eles adoram as brasileiras. São maravilhosos.
Amiga 3:
- E vc não pensou no Beto?
Moça do intercâmbio:
- Que nada. Tudo pelo intercâmbio..rs
Obs.: O Beto era o namorado dela há uns dois anos mais ou menos.
Caso 4:
Arnaldo x Belisa:
Esse cara mandou flores para a moça com um único objetivo: Demonstrar o carinho e os sentimentos que alimentava por ela. Então, ligou para casa dela minutos antes para confirmar se a encontraria lá. Bom...nem falou nada..era só pra confirmar que as flores seriam recebidas. E minutos depois recebeu uma ligação:
-Oi, sou eu.
Arnaldo:
-Olá, td bom?
Ela ainda:
-Não preciso nem dizer que mandar flores para a minha casa foi muito sem noção né? Você sempre estraga tudo. Achou que eu iria agradecer?
Ele:
-Não.
Belisa:
-Então, por que mandou? Fala.
Ele:
-Queria só demonstrar o q sinto por vc.
Belisa:
-Não entende ainda q não precisa demonstrar nada? Ah..Boa tarde.
Ele:
....
Tá bom agora e continuo? Acho q nem precisa...

segunda-feira, 10 de março de 2008

psrte da música today (música preferida)


autoria: smashing pumpkins


Today is the greatest Hoje é o maior

Day I've ever known Dia que já vivi

Can't live for tomorrow, Não posso esperar por amanhã

Tomorrow's much too long O Amanhã é muito distante

I'll burn my eyes out Meus olhos se queimarão

Before I get out Antes de alcança-lo

I wanted more Eu quis mais

Than life could ever grant me Do que a vida poderia um dia me dar

Bored by the chore Entediado pela rotina

Of saving face De poupar prestígio

I want to turn you on Eu quero te estimular

Today is the greatest Hoje é o maior

That I have ever really knownQue eu já realmente vivi

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Eu que de tudo sabo


Eu sei o segredo de todas as resposta e as respostas para todos os gracejos. Sei as metas de todos objetivos e os crimes para qualquer castigo. Conheço a gama extendida de rumores ainda não desacreditados e o motivo de todos os ditados. Além das paisagens mais longínquas e os amores mais tolos eu também vi todos os enredos, todos os rolos.
Quero que alguém diga e prove, sabe mais que eu, mas terá também que mostrar com isso tendo já prescrito, sabe no mínimo tudo que já sei. Então diga quantas bocas já ressaltei e quantos males já provoquei e antes de tudo, quantos amores já desperdicei!

Somando

Teoria da problemática: Capítulo I

Todo problema é um prejuízo, causado por alguém ou algo em situações diversas que não alteram o fato principal: todo problema pode, de algum modo mesmo que ilógico, ser resolvido.
Toda resolução de um problema é uma receita, uma geração de capital, ou seja, lucro. E nada altera a multiplicação de valores como a transformação de prejuízo em lucro do problema a resolução. Chega a ser mais simples que oxigênio para carbono.
O fato da resolução do problema acarreta em cerca de 200% a 300% seu valor de prejuízo para lucro e isso pode animar qualquer pessoa. Portanto querendo obter qualquer quantia, seja ela monetária ou não, procure resolver problemas pois pessoas que resolvem problemas são recompensadas e pessoas que resolvem grandes problemas são ainda mais recompensadas, além de lembrar que pessoas que resolvem problemas freqüentemente são freqüentemente recompensadas.

Fim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Da coragem..

Voltando aos poucos a postar. Uma parte dos textos de um livro que pretendo publicar um dia. Tem um tom sério, creio...Ah..podem falar o q quiser, mas cópia é crime...haha
Dois (Da coragem: o sentimento que brota do coração)


Vivemos numa sociedade de covardes. E não uso de metáforas nessa afirmativa. Escolhi, então, essa parte para falar de mais um fator grave em nossos dias. Ninguém está disposto a ouvir o coração em suas ações mais importantes. A coragem foi dizimada pela democracia do medo.
Aqui a hipocrisia ressurge, porque é mais fácil esquecer os seus próprios problemas do que enfrentá-los. Isso ocorre, chego a me arriscar nessa opinião, com todos os jovens desse século. Eles parecem introjetar a figura do Rui de que narrei em outra obra.
Fomos vítimas sempre da covardia do Ocidente. Teremos, desse modo, que observar o que “eles” não querem ver. Ou mesmo, obrigam-nos a não enxergar. Para isso, coloque-se numa posição de questionamento.
Onde estariam os grandes símbolos desse século? Teríamos alguma referência? Ainda há espaço para o romantismo? E uma simples resposta surge: Não. Por isso, discursarei sobre o que proponho aqui.
Primeiramente, olho triste para o quadro inicial. Se, no século passado, ainda tínhamos Drummond e Clarice, hoje vemos resistências como o Affonso Romano (que não sei se estará vivo quando publicar esse livro). Ah..a imortalidade é a que importa! Não..nem isso mais.
Nenhum escritor, professor, ou agente social, toma para si a responsabilidade de transmitir consciência. Isso, no mínimo, já acabaria com a escassez de referências em nossa sociedade. E se, em outros séculos, sofreram com grandes pensadores, imagine o que acontece com um mundo sem pai! Até mesmo o criador do nosso Universo não tem vez nessa senzala material.
Por outro lado, os que sonham são ridiculariados. Também se tornou comum a ridicularização do Romantismo como um epíteto negativo a eles. Não entendi, por minha vez, essa estranha associação com o movimento literário mais corajoso de todos os séculos.
Pelo que entendo desse movimento, os românticos não são frágeis melosos como a sociedade insiste em dizer nos dias atuais. Todos, desse século, banalizaram o sofrimento, o amor e todos os sentimentos que advém do coração. Um músculo que, bem cuidado, é capaz de transformar a vida das pessoas de todo o mundo.
Hoje, não existe o amor à primeira vista e se declarar para alguém é uma atitude vã. Todos acreditam somente no concreto e na felicidade. Mas esquecem que um ser humano também evolue com o abstrato e com a tristeza.
Lembre-se do dia em que passou chorando a noite toda. O seu coração se apertou demais, enquanto as péssimas lembranças lhe causavam dor. Entretanto, no outro dia, já procurava, de alguma forma, pensar sobre tudo com um olhar mais crítico. Certamente, iria conversar com alguém sobre o problema ou tentar resolver isso sozinho.
E, por mais que o processo tivesse sido dolorido, você acorda renovado no dia seguinte por fazer a experiência. O que aconteceu então? Você, sem perceber, alimentou os sentimentos provenientes do coração.
A sociedade atual faz o inverso. Ninguém pode chorar! O ser humano virou um máquina de sorrisos que não pode sofrer. Insacia-se com a felicidade até não querer pensar. Pois a felicidade é o ópio de nosso tempo. Não que ela seja negativa, mas com ela deixamos de viver a realidade em sua íntegra.
E, para tal feito, precisamos do fruto daquelas noites mal dormidas: A Coragem! O homem corajoso parece não ter medo dessa assustadora democracia. Sabe lidar com as suas ânsias, embora não seja perfeito. Afinal, o ser humano perfeito nunca existiu.

Trecho da obra: O livro secreto: Algumas reflexões sobre o que a Sociedade não quer refletir. Em prelo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

mor-te

Algumas coisas não têm explicação. Muitas coisas não têm explicação. Não que as pessoas não desejem objetiva-las ou simplesmente pensar sobre elas. (Porque pensar sobre elas já é dar sentido a essas coisas). Mas é que certas coisas são legitimadas. Abel, meu amigo, conseguiu o suicídio. Porque suicídio não é coisa que se tente, é coisa que se consiga, oras. O suicidio é legítimo. Quem se mata deixa carta por puro modismo. Porque suicídio não exige carta. A carta é para amenizar a dor de quem fica? Talvez. Mas morte é para doer. Se morte fosse coisa atoa ninguém ficaria prostrado diante dela. Morte é coisa séria. Principalmente pra quem vai. Mas eu sei lá se quem fica é quem vai. Se quem vai ainda não foi. Sei lá. Eu sei pouca coisa dessa vida. Amém.

Quando me disseram que Abel era morto eu só consegui pensar na carta que eu não mandei a ele e na poesia que começava a se formar na minha cabeça. A poesia que eu não escrevi, como a carta que não mandei. Eu também não sei porque não escrevi o poema. Talvez porque a poesia maior já estava feita desde a primeira vez que confidenciamos cigarros, Abel e eu. E porque escrever pra quem morreu é chato. É como o poema que fiz para o meu pai: só fui escrever ao velho depois de morto. Quando cheguei em casa e vi o corpo dele na sala, no lugar onde ficava o sofá. Naquele dia eu escrevi. E depois de escrever eu chorei. Para o Abel eu só chorei. Talvez porque não vi seu corpo.

A minha professora de Psicologia e Comunicação me disse que nosso quarto é o reflexo de como somos. Eu não sei como era o quarto do Abel. Mas a alma eu sei. Estava lá. A gente via. Mas me impreciona sempre quem tem coragem de se matar. Mas coragem a gente tem que ter mesmo é para viver. Morrer parece ser coisa fácil. Vai saber, nunca morri. A pessoa dar um tiro na cabeça e morrer, assim. Tem que ter o dom pra coisa, eu acho. Eu não tenho muita coragem pra viver nem pra morrer. Então eu vou, simplesmente. Vendo gente morta e gente viva. E nisso eu vou até aprendendo a viver. Porque viver é coisa que se aprende, eu acho.

No fundo eu queria era escrever sem tristeza. Abel era menino triste. Agora Abel é menino morto. Mas não aqui. Comigo não é assim. Mas eu gosto de gente que parece ser uma coisa e é outra. Assim como Bukowski nunca foi Beatnik; Bandeira nunca foi Modernista; e Abel nunca foi homem completo. Mas Bukowski e Bandeira foram maior que essas gerações. Por isso não fizeram parte delas, embora tenham as influenciado muito.

É isso. Um texto sem firulas. Porque firula não combina com morte. Com a morte é outra coisa.

Bulling..

Escrevi esse texto durante o carnaval..é mole? Foi para o pessoal do Escola aberta. Em breve, o grupo irá divulgar esse assunto..






Bulling: Mexer é sensibilizar o Outro



Você sabe o que é Bulling? Eu também não. Mas isso não me dá o direito de mexer com o Outro como bem quiser. E é dessa forma que comecei a entender esse assunto após ler alguns artigos na net e lembrar de um conto, que li certa vez, de Rubem Fonseca.1 Assim, devemos “bulir” no seu pensamento para entendermos um pouco dessa questão.
Por isso, comecei esse texto da mesma forma em que todos começam e terminá-lo de outra forma só depende de mim, não? Também tenho a certeza de que não. Não posso ignorar você que me lê ansioso para saber o desfecho.
Você é o “Outro” do conto de Rubem Fonseca. Estranho a mim. Mas você não teria o mesmo fim dele. Quero mexer de forma positiva com aquele que, no contexto ou situação apresentados, é diferente de mim.
E isso não costuma acontecer assim na maioria dos casos do bulling. Todos os “bulinadores” usam da diferença como algo negativo para depreciar o Outro. Aquele que todos rejeitam por não fazer parte do grupo. Em outras palavras, aquele que não é igual.
Usei a palavra “bulir” para amenizar a gravidade desse assunto que envolve pessoas que ficaram traumatizadas por uma vida inteira.2
Fui ao dicionário de inglês/português e comparei ao termo encontrado no dicionário brasileiro.3 Aí percebi que a nossa tradução não expõe a realidade do problema e está longe de “mexer” com a sensibilidade do Outro.
Pronto! Viu como mexi tanto no texto até encontrar o meu jeito de falar sobre o assunto? É...mas isso não aconteceu de um ato solitário.
Penso em você que me lê e em tudo que li. O que mostra a importância desse Outro, que ainda não conheço, mas com quem preciso dialogar. Afinal, a vida é assim. Os homens sempre mexem com o desconhecido. No entanto, precisamos ser sensíveis nesse momento para não ferir de forma drástica aquele que faz parte de nós.
E através do diálogo, dos debates e das construções de textos, vamos mexendo com as nossas experiências de vida e compartilhando com o Outro sentimentos, que poderiam ser destruídos antes de nascerem. Imaginem, então, como construriam esse texto sem todas as contribuições que recebi. Mexi e fui sensibilizado pelo Outro. Isso não deixa de ser um “bulling”.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Um texto interessante...

Às vezes, a internet nos reserva surpresas boas com textos muito interessantes. Gostei desse.. E como as minhas férias ainda são parciais..dá-lhe textos alemães e estudo pra concursos..ainda não tive tempo pra voltar a escrever por aqui. Enfim, o texto é bom e decidi postá-lo..haha


AMOR


Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição. Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensinaalguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências. Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, como o Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho papão. Outros confessam sua culpa em altos brados e fazem de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda, com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente" ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes. Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos e definharão até se tornarem laranjas chupadas. Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor). Existem, por fim, os AMORES-FÊNIX. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos. Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. E é esse amor que eu quero viver com você, PARA SEMPRE!!

( Texto "Pequeno Tratado sobre a Mortalidade do Amor" - autor: Alexandre Inagaki)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Outras lógicas

Dia complicado é assim mesmo, quando tudo parece que vai dar certo e nada da errado e perde quem não ganha mas só fica feliz quem chora..


Obs: o Rômulo tem um monte de pêlos na orelha! Ieack!

Obs2: coloquem mais figuras, ler isso aqui é mais chato que enciclopédia velha.. Ieack x2!

Faça a ti estas perguntas

Mais de 90% dos gênios do mundo estão vivos hoje, e tu pode visitá-los se ambos assim o quiserem, porém ignorando estes que logo ao morrerem serão declarados imortais (complexo isso não?) vamos nos fixar no básico, de uma pessoa que é formada e especializada e alguma função que exerce para viver a um pobre diabo que pouco sabe falar, escrever ou dominar alguma técnica das mais simples.. colocando estes como opostos onde o primeiro seria 9 e o segundo 1, qual seria o teu número ao seu julgo, ao julgo alheio e ao julgo que tu queria para tu hoje, além do máximo que acredita poder alcançar?

Ao ataque! Ou não?


Dois inimigos meus se atacando, o que fazer? Atacar o mais forte e ter como opção a sorte de dar o golpe final no mais forte ou atacar o mais fraco e depois encontrar o outro ainda sem ter sequer suado, talvez esta possibilidade levasse a um combate mais honrado. Levando em conta que ambos ostentem o mesmo poder, então entrar na briga pode ser ainda mais arriscado, mas esperar o resultado pode ser arriscado também, e se unirem suas forças?
Se me mostrar passivo aumentarei o ânimo do vencedor, porém ativo e enfrentando um ou ambos o último estará acuado e lutará certamente. Devia haver como simplesmente os conduzir a explosão coletiva, ou talvez haja.
São meus inimigos, se se consumirem não será ruim, então que tal infligir-los a usar tudo o que tem um contra o outro, pois seria a melhor maneira de encontrar o outro provavelmente impossibilitado de novo combate, assegurando de deixar uma possibilidade de recuo estratégico para ele evito o combate, diminuo meu número de inimigo, asseguro algum tempo sem inconveniente e não acarreto problemas por nenhum ângulo. Alguma outra possibilidade?

domingo, 13 de janeiro de 2008

Ciclo de crônicas: Entre a Realidade e a Fantasia (Parte 2):

E lá estava Joseph. Cogitava durante horas a respeito do seu possível “problema”. Então, decidi ajudá-lo com uma de minhas teorias. O número três apareceu como a chave que faltava para a questão.
A sua amada estava perto, mas não conseguiria nos entender. Joseph a conhecia já há uns seis meses. E ela nem percebia. Ah..o que alguém percebe quando está influenciado por terceiros em sua vida. Por isso, o meu amigo estava sozinho e consciente. “Conclusão sábia”, ele me disse.
Não adianta querermos mudar a vida, se tiver uma terceira pessoa na “história” que não corrobore com os nossos pensamentos. Daí dizerem, de forma ilusória, que a vida é um jogo. Pura bobagem! Viver é um puro combate.
Ter personalidade requer ter opinião e não aceitar, sempre, o que uma terceira pessoa diga sobre a nossa vivência. Afinal, todos somos diferentes. E quem realmente sabe agir diante de sua vida, não aceita fácil a observação de alguém que não a viveu exatamente.
Joseph é mais drástico do que eu. Na maioria das vezes, diz-me que as mulheres são assim. É por uma terceira pessoa que são conquistadas. Acredita na velha história de que se conquista primeiro a amiga da pessoa amada, enquanto eu acredito que só as imaturas caiam nessa trama. E afirmo esse fato que também acontece com os homens imaturos.
Num plano maior, porém, podemos ver isso em uma nação. Alguns só acreditam em uma opinião se esta estiver afirmada e aceita por terceiros. Isso na realidade, porque no mundo fantástico também acontece algo semelhante. Muitos leitores adoram um triângulo amoroso no enredo, seja esse pertencente a um livro ou a um filme.
Quanta bobagem séria! Tudo parece seguir a obsessão por um número e não por atos concretos reais. As pessoas se confundem entre a Realidade e a Fantasia, porque não elevam o seu próprio espírito. Embora admita que é mais fácil agir depois da opinião de um terceiro do que encarar os seus próprios medos e desenganos com a vida.
Por isso, pedi para que Joseph esquecesse de vez essa garota. Tenho certeza de que ela só ouve o que os outros dizem sobre ele. Ainda não está pronta pra deixar de vez o mundo fantasioso da vida e encarar a si mesma no mundo real. Estou feliz por não me perder mais nisso. O três é um número. Perigoso? Talvez... Mas tudo só depende de nossa ação na realidade.

Ciclo de crônicas: Entre a Realidade e a Fantasia

Allein olhava, pela janela de casa, a chuva lá fora. No final da rua, o Bar de Fausto reunia discussões sobre assuntos distintos, embora o dono estivesse fora da Realidade que importa em nosso país. Mas Joseph Allein tinha uma preocupação maior naquele momento. Era considerado como Fantasia para todos com quem convivia. Isso porque não abandonou os próprios princípios diante dos obstáculos que enfrentou durante a sua vida. E continuava “allein”...Por quê? Pensava, então, como viver entre a Realidade e a Fantasia. Por isso, ele se propôs a compartilhar a sua preocupação comigo.
Havia chegado cansado ao ínicio da rua, onde ele morava, mas fui persuadido a escrever por sua insistência. Segundo Joseph, esse problema já se infiltrou na vida de muitas pessoas em nossa Sociedade. Assim, o seu olhar pela janela era para encontrar alguém que não o deixasse sozinho nesse empreendimento.
A alcunha, que criei, caiu-lhe como uma luva. Pois, infelizmente, ninguém se interessaria pela história de José da Silva. Nomes estranhos são mais aceitos e se forem estrangeiros, melhor ainda. Aqui a Realidade não vale nada. Só a Fantasia da origem alemã do personagem consegue prender o leitor acostumado a fantasiar o real.
Mas o que preocupava mesmo, Allein? Talvez o leitor não acredite no verdadeiro motivo... A solidão atormentava aquele jovem que só seguiu, por muito tempo, o que a verdade convencionada aceitava. E isso não é tão complexo quanto parece. Afinal, esse modo de ver as coisas abstrai a ilusão naquilo em que os fatos apontam.
Tinha trabalho, estudo e “quase” tudo que uma pessoa pode obter da vida. Entretanto, sentia a falta de alguém para compartilhar aquilo. E o amor parecia lhe escapar sempre. Descobriu, aos poucos, que o destino havia lhe pregado um peça. A sua cara metade estava muito próxima, apesar de distante.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Passar bem!

Eu estou já perdendo o gosto com este blog. Tem muitos "membros" autores que deviam fazer dele um blog super atualizado, só que ninguém se importa. Ele é atualizado de vez em nunca e há quem nem passe por aqui..

Tô caindo fora!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Breve recado...

Pessoal..em breve, voltarei... Sobre as enquetes, pergunta q me foi feita pelo ilustre Raine..Elas fazem parte de uma interação criativa...entendam como quiser..haha Depois dizem q eu é quem leva muito a sério as coisas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

BBB E UM PAÍS DE BURROS

BBB - para pensar29 milhões de ligações telefônicas do povo brasileiro votando em algum candidato para ser eliminado do programa Big Brother Brasil da rede Globo ontem (08/02). Vamos colocar o preço da ligação do 0300 a R$0,30. Então, teremos R$ 8.700.000,00. Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais que o povo brasileiro gastou, só nesse paredão.Suponhamos que a Rede Globo tenha feito um contrato "fifty to fifty" com a operadora do 0300, ou seja, ela embolsou R$ 4.350.000,00. Repito, somente em um único paredão...". Alguém poderia ficar indignado com a Rede Globo e a operadora de telefonia ao saber que as classes menos letradas e abastadas da sociedade, que ganham mal e trabalham o ano inteiro, ajudam a pagar o prêmio do vencedor e, claro, as contas dessas empresas. Mas o "x" da questão, caro leitor, não é esse.É saber que paga-se para obter um entretenimento vazio, que em n ada colabora para a formação e o conhecimento de quem dela desfruta; mostra só a ignorância da população, além da falta de cultura e até vocabulário básico dos participantes e, consequentemente, aqueles que só bebem nessa fonte.Certa está a Rede Globo. O programa BBB dura cerca de três meses. Ou seja, o sábio público tem ainda várias chances de gastar quanto dinheiro quiser com as votações. Aliás, algo muito natural para quem gasta mais de oito milhões numa só noite! Coisa de país rico como o nosso, claro. Nem a Unicef, quando faz o programa Criança Esperança com um forte cunho social, arrecada tanto dinheiro. Vai ver deveriam bolar um "BBB Unicef". Mas tenho dúvidas se daria audiência. Prova disso é que na Inglaterra pensou-se em fazer um Big Brother só com gente inteligente. O projeto morreu na fase inicial, de testes de audiência. A razão? O nível das conversas diárias foi considerado muito alto, ou seja, o público não se interessaria.

Programas como BBB existem no mundo inteiro, mas explodiram em terras tupiniquins. Um país onde o cidadão vota para eliminar um bobão (ou uma bobona) qualquer, mas não lembra em quem votou na última eleição. Que vota numa legenda política sem jamais ter lido o programa do partido, mas que gasta seu escasso salário num programa que acredita de extrema utilidade para o seu desenvolvimento pessoal e, que não perde um capítulo sequer do BBB para estar bem informado na hora de PAGAR pelo seu voto. Que eleitor é esse? Depois não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc. Quem os colocou lá? Claro, o mesmo eleitor do BBB. Aí, agüente a vitória de um Severino não-sei-das-quantas para Presidente da Câmara dos Deputados e a cara de pau, digo, a grande idéia dele de colocar em votação um aumento salarial absurdo a ser pago pelo contribuinte. Mas o contribuinte não deve ligar mesmo, ele tem condições financeiras de juntar R$ 8 milhões em uma única noite para se divertir (?!?!), ao invés de comprar um livro de literatura, filosofia ou de qualquer assunto relevante para melhorar a articulação e a autocrítica...Chega de buscar explicações sociais, coloniais, educacionais.Chega de culpar as elites, os políticos, o Congresso...Olhemos para o nosso próprio umbigo, ou o umbigo do Brasil.Chega de procurar desculpas quando a resposta está em nós mesmos.A Rede Globo sabe muito bem disso, os autores das músicas Egüinha Pocotó, O Bonde do Tigrão e assemelhadas sabem muito bem disso; o Gugu e o Faustão também; os gurus e xamãs da auto-ajuda idem. Não é maldade nem desabafo, é constatação.O Povo brasileiro está passando atestado de abobalhado!
ESTE ARTIGO É DE AUTORIA DE MEU IRMÃO FILIPE MARANHÃO.